Segundo estimativas da
Organização Mundial de Saúde (OMS), a juventude é, atualmente, a camada mais
vulnerável à perda auditiva devido a hábitos não saudáveis de escuta: cerca de
1 bilhão de jovens adultos correm o risco de ter perda auditiva permanente devido
a hábitos como o uso excessivo de fones de ouvido. No Brasil, 2,2 milhões de
pessoas já possuem redução da capacidade auditiva, segundo dados da Pesquisa
Nacional de Saúde.
A perda auditiva implica uma
diminuição na capacidade de ouvir, podendo ser classificada de leve a profunda.
Cristiane Carvalho, fonoaudióloga do Hospital Jayme da Fonte, enfatiza que, nos
mais jovens, a prevalência é da perda auditiva provocada por infecções de
repetição ou subtratadas, predisposição genética e, principalmente, induzida
por ruído (PAIR).
“A PAIR é desenvolvida
gradualmente devido a exposição por longos períodos de tempo à ruídos acima de
85 decibéis. Acima desse limite, o som pode danificar as células ciliadas do
ouvido interno, que são responsáveis pela transdução (conversão) do som em
sinais neurais”, alerta a especialista, “Qualquer dispositivo eletrônico que
emita som acima de 60 decibéis é considerado prejudicial à saúde dos ouvidos”.
Um dos primeiros sinais da perda
auditiva é a falta de retorno ao chamar alguém. Apesar de ser confundida com
distração, essa já é uma forte indicação de que a pessoa pode não estar ouvindo
com clareza. Outro sinal é a elevação da voz ao falar, à medida que o jovem
perde a sensibilidade auditiva, ele tende a falar mais alto para compensar a
dificuldade de retorno auditivo, podendo sinalizar perda auditiva em evolução.
O diagnóstico da perda auditiva é
feito através de exames que avaliam a capacidade de ouvir sons em diferentes
frequências e intensidades, de ouvir tons puros, entender a fala e até medir o
nível de atividade da cóclea e do nervo auditivo.
Já o tratamento deve ser definido
por um otorrinolaringologista e fonoaudiólogo após avaliação das necessidades
do indivíduo. A abordagem dependerá do grau da perda auditiva, podendo ser
indicado o uso de aparelhos auditivos, que amplificam os sons, o tratamento de
infecções ou acúmulo de cera e até cirurgia.
Com 70 anos de atuação no polo de
saúde de Pernambuco, o HJF é referência na assistência à saúde. A unidade conta
com um centro de diagnóstico por imagem, urgência e emergência 24h em diversas
especialidades, além de consultas ambulatoriais e um moderno centro cirúrgico.
Fonte: Diário de Pernambuco.
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