Após o fim dos interrogatórios do
núcleo 1 da tentativa de golpe de Estado, nesta terça-feira (10/6), o ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a
proibição de contato entre os oito réus na ação penal. Com a decisão, eles
poderão conversar. Para o relator, não há necessidade de manter a restrição.
"Eu revogo a medida cautelar
que impôs em 26 de janeiro de 2024 a proibição dos réus de manterem contato
entre si", determinou o relator no fim da audiência na Primeira Turma.
Ao todo, seis réus foram ouvidos
nesta terça-feira. Outros dois, na segunda-feira. O ex-presidente Jair
Bolsonaro foi o sexto a ser interrogado na Corte. Ele negou ter participado da
trama criminosa para reverter o resultado das eleições de 2022 — em que ele
saiu derrotado. No entanto, admitiu ter tentado “alternativas” após falhar no
ataque às urnas eletrônicas.
Bolsonaro afirmou que debateu com
aliados sobre possibilidades “dentro da lei”. O ex-chefe do Planalto ressaltou
que houve reuniões com militares para discutir possíveis saídas
constitucionais, após a rejeição de uma ação do Partido Liberal no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) em que era questionada a segurança das máquinas de
votação.
“As conversas eram bastante
informais. Era conversa informal para ver se existia alguma hipótese de um
dispositivo constitucional para a gente atingir o objetivo que não foi atingido
no TSE. Isso foi descartado na segunda reunião”, disse.
A Primeira Turma do STF concluiu,
nesta terça-feira, os interrogatórios do primeiro grupo de testemunhas da
tentativa de golpe de Estado. Segundo a PGR, o ex-presidente Jair Bolsonaro
tinha ciência e participação ativa em uma trama golpista para se manter no
poder e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Também
é descrito um plano de assassinato contra autoridades e o apoio aos atos
antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 como a última cartada do grupo
criminoso.
Fonte: Diário de Pernambuco.
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