Até este domingo (18/5), 1,557
milhão de pessoas consultaram o Meu INSS para averiguar descontos de
entidades associativas. Desse total, apenas 28,3 mil (1,82%) validaram as
subtrações, enquanto 1,528 milhão apontaram débitos indevidos nos pagamentos
das aposentadorias e pensões.
O Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) está no quinto dia de consulta para beneficiários solicitarem
devoluções de valores desviados no esquema de fraude revelado
pelo Metrópoles.
De acordo com o balanço deste
domingo, a plataforma Meu INSS registrou 46,4 milhões de acessos, sendo 7,6
milhões para verificar descontos. Desse total, 3,8 milhões não identificaram
subtração nos pagamentos.
Em entrevista, o presidente do
INSS, Gilberto Waller Júnior, salientou que os beneficiários poderão verificar
o valor do desconto feito, assim como a associação responsável pela cobrança.
De acordo com o instituto, cerca de 9 milhões de pessoas sofreram descontos nas
folhas de pagamento no período investigado.
“Ao falar que ele não concorda
[com o desconto efetuado pela associação], não precisa juntar documento algum.
Não precisa preencher nada. Ele vai falar: ‘Esse desconto eu não reconheço’”,
explicou Waller. Dessa forma, o ônus de apresentar a prova da adesão fica com a
entidade.
O valor será devolvido pelas
associações diretamente ao INSS, que repassará o montante às contas dos
beneficiários. Caso o aposentado negue ter autorizado o desconto, a associação
será acionada e terá 15 dias para comprovar o vínculo. Se não conseguir, deverá
restituir o valor ao beneficiário. Segundo as investigações da PF, há indícios
de que muitas assinaturas foram fraudadas.
“Ela [associação] vai fazer um
depósito identificado por meio de uma GRU [Guia de Recolhimento da União]
específica ao INSS. E esse valor vai ser repassado ao segurado pela conta de
benefício, por meio de folha suplementar”, esclareceu o presidente do INSS.
Fonte: Jornal Metrópole.


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