Presidente Lula - Imagem: Valter Campnato |
O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva voltou a negar, nesta terça-feira (16), que vá tomar
qualquer medida de corte de orçamento público que envolva a redução do salário
mínimo para as parcelas mais pobres da população, como aquelas que recebem da
Previdência Social. Em entrevista à TV Record, ele destacou que o crescimento
da riqueza no país deve ser distribuído de forma equitativa para todos.
"Quando
alguém fala que eu deveria desvincular o salário mínimo da Previdência Social.
O mínimo, já diz, é o mínimo. Não tem nada mais baixo que o mínimo. Então, eu
não posso cortar o mínimo, que já é o mais baixo de tudo. ", disse
Lula.
O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva voltou a negar, nesta terça-feira (16), que vá tomar
qualquer medida de corte de orçamento público que envolva a redução do salário
mínimo para as parcelas mais pobres da população, como aquelas que recebem da
Previdência Social. Em entrevista à TV Record, ele destacou que o crescimento
da riqueza no país deve ser distribuído de forma equitativa para todos.
"Quando
alguém fala que eu deveria desvincular o salário mínimo da Previdência Social.
O mínimo, já diz, é o mínimo. Não tem nada mais baixo que o mínimo. Então, eu
não posso cortar o mínimo, que já é o mais baixo de tudo. ", disse
Lula.
Lula também
destacou os números atuais da economia, que estão acima das expectativas dos
agentes de mercado, e voltou a criticar a taxa de juros do Banco Central.
"Não
tem um único número que diga que o Brasil tem qualquer problema. A gente está
crescendo mais do que a previsão do mercado. O mercado previa 0,8%, nós
crescemos 3%. O mercado previa a inflação descontrolada, a inflação está
totalmente controlada. A única coisa que não está controlada é a taxa de
juros", afirmou.
O presidente
ainda exaltou a geração de empregos, o crescimento da massa salarial, e
reafirmou o compromisso de isentar o Imposto de Renda quem ganha salário de até
R$ 5 mil por mês.
"Geramos
2,5 milhões de empregos em um ano e sete meses. A massa salarial cresceu 11,7%.
O salário mínimo é reajustado duas vezes acima da inflação. Isenção do imposto
de renda para quem ganha dois salários mínimos e eu pretendo chegar a R$ 5 mil
de desconto do imposto de renda. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome. Então,
nós estamos vivendo um momento sensacional", celebrou
Lula foi
perguntado se o governo pretende modificar a meta de déficit zero nas contas
públicas, em 2024, para cumprir as regras do arcabouço fiscal, ao que ele
respondeu que o mais importante é que a economia cresça com sustentabilidade
fiscal.
"Esse
país é muito grande. Muito poderoso. O que é pequeno é a cabeça dos dirigentes,
de alguns especuladores. Porque esse país não tem nenhum problema. Se o déficit
é zero, se é 0,1, o que é importante é que o país esteja crescendo. O que é
importante é que a economia esteja crescendo", afirmou.
Na próxima
semana, o Ministério da Fazenda deverá anunciar bloqueios no orçamento para
cumprir a meta de resultado primário, segundo anunciou o titular da pasta, Fernando
Haddad.
O presidente também comentou sobre a violência política no mundo, ao
repercutir, novamente, o atentado sofrido pelo ex-presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, que é candidato ao cargo nas eleições norte-americanas deste
ano. Para Lula, o mundo vive uma era onde as pessoas não se respeitam e não
respeitam a força do argumento.
"É
abominável qualquer tipo de violência. Não é só com o ex-presidente Donald
Trump. É a morte de um prefeito em uma cidadezinha no interior. É a morte de um
vereador em uma cidadezinha no interior. Então, é preciso que a gente volte a
ter tolerância".
Na mesma
linha, o presidente defendeu a urgência de uma regulação sobre as grandes
empresas de tecnologia, que controlam as plataformas de redes sociais.
"Não é
possível que as empresas continuem ganhando dinheiro disseminando mentiras,
fazendo provocação, campanha contra vacina, sem levar em conta nenhum
compromisso com a verdade. Eu sou favorável a que a gente dê uma regulação,
porque essas empresas não pagam nada. Ganham bilhões de publicidade. Têm muito
lucro com a disseminação do ódio no mundo inteiro", disse.
Reportagem
da Agência Brasil para a Folha de Pernambuco. Disponível em: https://www.folhape.com.br/economia/nao-vamos-cortar-o-salario-minimo-reafirma-lula/349106/
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