Por Aliny Agostinho - Buenairiense - Vencedora do Prêmio Cristina Tavares.
Mulheres que já foram proibidas de batucar, são donas das lanças no Maracatu Coração Nazareno
Caboclas de lança. Fotos: Arquivo pessoal.
A história falhou com as mulheres. O que resta para cada mulher é pegar uma tinta
e delinear o seu destino. Nas terras do Maracatu Rural, na cidade de Nazaré da
Mata, no interior de Pernambuco, ouvi muitas teorias de que figuras femininas não
poderiam ser um caboclo de lança, um dos principais personagens da tradição do
Maracatu, cujo possuem um grande volume de fitas coloridas na cabeça, uma gola
coberta de lantejoulas e uma flor branca pendurada na boca. Para o impedimento
trouxeram algumas explicações, como a estrutura física e a “fragilidade feminina”: “A
indumentária toda pesa mais de 30kg e seria muito puxado para uma mulher ficar
vários dias seguidos fazendo tanto esforço físico debaixo do sol escaldante de
fevereiro”. Também ouvi que por menstruarem, as mulheres levariam um tipo de
maldição para o sagrado Maracatu e que elas não poderiam deixar seus lares para
celebrar essa cultura.
Com quantos quilos de medo se faz uma tradição? Pois, tradicionalmente os
Maracatus são protagonizados pela figura masculina. Mas, há alguns anos, a
história vem mudando seu curso. Apesar de tantos preconceitos para uma mulher
ocupar esses espaços, em 2004 um grupo de mulheres da Amunam (Associação
das Mulheres de Nazaré da Mata) tirou do nada e trouxe à superfície o sonho de ter
um Maracatu formado integralmente por elas, assim surgiu o Maracatu Coração
Nazareno, único no mundo com essas características.
O Maracatu veio para cumprir a necessidade da “Lenda Pessoal” das mulheres,
aquilo que elas tanto desejavam no início da juventude quando tudo parecia
possível, entretanto ao passar dos anos uma força tentou provar que era impossível
realizá-la. Desde então, entre conquistas e dificuldades, o Maracatu vem traçando
seu caminho pela luta da igualdade de gênero há 19 anos, e em suas
apresentações leva muita beleza, força e carisma.
As mulheres conseguiram iniciar algumas participações apenas na década de 60,
com isso, conseguiram protagonizar os primeiros passos para a transformação do
Maracatu tradicional. A ideia inicial de criar um Maracatu que as mulheres
incorporassem todos os personagens, surgiu da coordenadora da Amunam, Eliane
Rodrigues, devido à falta de protagonismo que as mulheres tinham em Maracatus
masculinos. “O surgimento do Coração Nazareno implica que elas podem vestir
qualquer indumentária do folguedo, mas também representa uma quebra de
paradigmas nessa expressão cultural, uma vez que a mulher passa a ganhar voz e
visibilidade diante de um ambiente majoritariamente masculino”, enfatizou.
Quando Eliane Rodrigues tinha apenas 16 anos, já trabalhava com carteira
assinada no Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Foi nessa época que começou a
se envolver com as lutas das mulheres da região. Na década de 80, ela fundou a
Amunam, que contava com 19 membros. A organização tem como objetivo
promover ações sociais, educacionais e cidadãs para mulheres de todas as idades
na região da Mata Norte de Pernambuco. A fundadora, Eliane, é uma incansável
defensora da igualdade de gênero e da capacitação feminina. “A gente desenvolve
ações sociais, de educação e cidadania com adolescentes, crianças, adultas e
idosas da região da Mata do Norte de Pernambuco”, explica.
Raízes do Maracatu em múltiplas etnias
No século XVIII, durante o período colonial brasileiro, uma semente plantada por
tradições africanas, portuguesas e indígenas, germinou suas raízes culturais e
nasceu o Maracatu de múltiplas etnias, que incorpora religiões, guerras e
celebrações. As tradições do Congo atravessaram o oceano Atlântico e alcançaram
o Brasil, atadas às outras culturas, originaram o Maracatu Nação e Rural, que
através de danças e músicas, evidenciam a coroação dos reis e rainhas. A
expressão mais antiga é o Maracatu nação, também conhecido como Baque Virado,
ele é realizado em cortejo nas cidades do Recife e Olinda, onde são conduzidas
bonecas negras feitas de madeiras, chamadas de calunga.
Já o Maracatu Rural, também chamado de Baque Solto, típico da cidade de Nazaré
da Mata, foi criado por trabalhadores rurais, no século XIX e início do XX, época em
que eram realizados apenas por homens. Os canavieiros se travestiam de mulheres
para representar as figuras femininas, até que as esposas e filhas deles se
interessaram pela tradição e começaram a se apresentar como baiana e dama do
paço. Mas como a participação ainda era muito restrita, as mulheres do Coração
Nazareno se adaptaram aos surrões com o peso proporcional (16 kg) ao que
pudessem carregar.
O fim da espera do carnaval: O festejo do Maracatu sagrado.
As apresentações acontecem nos 4 dias de carnaval, em diferentes lugares como
Nazaré da Mata e Recife. O grupo do Coração Nazareno pode chegar até 72
membros, que saem às ruas vestidos de rosa, lilás e verde, diferentes personagens,
que entre eles estão: arreiamá, um caboclo com figurinos que remetem aos índios
americanos, são acompanhados com um machado; caboclo de lança, que chama
atenção pela dança e pelo figurino; o bacanal com muitas baianas, bandeiristas que
seguram a bandeira do Maracatu; dama do paço, responsável por conduzir a
calunga; além do terno e da orquestra que conduzem a sintonia no ritmo da
celebração. Em abril, quando realizei as entrevistas com as mulheres do Coração
Nazareno pude acompanhar o empenho de cada integrante nas preparações para o
carnaval de 2024, quando o Maracatu completará 20 anos.
Bernardo Guimarães, Janaina Quetzal, Paula Passos, Rodrigo Santos e Débora Rocha. Foto: Arquivo Pessoal.
Durante o carnaval de 2023, o Maracatu foi acompanhado de uma equipe de
filmagens, que são: Paula Passos na direção e Bernardo Guimarães, Janaina
Quetzal, Rodrigo Santos e Débora Rocha nas gravações de um documentário. No
período, a equipe realizou as principais filmagens, mostrando o retorno do Coração
Nazareno ao carnaval depois de anos sem se apresentar. o documentário intitulado
como, o fim da espera, contou com o programa de financiamento de um edital da
Fundarpe (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco), além de
uma campanha que foi veiculada nas redes sociais para o financiamento.
A coordenadora do Coração Nazareno, Lucicleide Silva, esclarece que nos desfiles
há uma ordem de apresentação que deve ser seguida, primeiro o maracatu infantil,
logo após o feminino e, depois, os outros maracatus tradicionais por ordem de
chegada. Mas quando a regra ainda não tinha sido explicada a todos os
participantes dos outros 17 Maracatus de Nazaré da Mata, houve um conflito entre
integrantes das organizações. Uma integrante do Coração Nazareno foi agredida por um mestre de caboclo que se sentiu desrespeitado, ele não estava disposto a
permitir que as mulheres se apresentassem antes deles. “É comum a gente esbarrar
nos cortejos com alguns grupos que ficam incomodados com a nossa participação”,
disse Lucicleide Silva.
O encontro: Visita ao Maracatu Coração Nazareno
Denise Maria José, Terezinha de Jesus Lucicleide da Silva na sala do Maracatu da Amunam. Foto:
Aliny Agostinho.
Ao chegar na Associação das Mulheres de Nazaré da Mata (Amunam) percebi a
dedicação das mulheres nas atividades que são realizadas, cursos de costura,
cabeleireiro, manicure e internet, voltados para o desenvolvimento feminino. Além
de fornecer reforço para crianças e adolescentes da cidade. Mas o brilho nos olhos
acentuou quando entrei na sala destinada ao Maracatu. Moro nas proximidades de
uma sede do Maracatu, o Estrela Dourada de Buenos Aires - PE, e por isso o
esplendor e respeito por essa tradição. Quando atravesso meu bairro consigo
avistar os preparativos dos figurinos de cada personagem do Maracatu. Os preparos
começam meses antes, assim que termina o carnaval um novo ciclo se inicia, além
dos figurinos são feitas as inscrições dos participantes, a prova de roupas e os
ensaios.
Na sala havia quatro integrantes do maracatu: Givanilda da Silva, 53 anos, Denise
Maria José, 28 anos, Terezinha de Jesus, 68 anos e Lucicleide da Silva, 36 anos.
Elas são exemplos de força feminina que inspiram muitas outras mulheres, tendo ao
lado o Maracatu como símbolo de resistência. Enquanto ouviam que não podiam ser
protagonistas de uma tradição que já tinha longas raízes masculinas, decidiram
construir seus próprios espaços e se colocaram dentro da cultura, mostrando que
mulheres podem ser inseridas onde quiserem.
A luta contra as desigualdades no Maracatu
Mestre Gil/Foto: Paula Passos
Na conversa com elas, foram discutidas as ímpias desigualdades de gênero que já
sofriam antes mesmo de comandar um Maracatu, depois tiveram que lidar com o
desprezo em alguns locais. Givanilda, conhecida como Mestre Gil, contou que o
preconceito é muito forte, ela suspira ao dizer que foi proibida de participar de
sambadas de outros Maracatus, e com tristeza no coração que transparece em seus
olhos, diz que nunca foi convidada para uma, apesar de chamar alguns integrantes
para as sambadas do Coração Nazareno. “No carnaval disseram que pela beleza do
nosso maracatu estávamos nos apresentando como homens, eu disse que era
como mulheres mesmo, porque temos capacidade de fazer bonito e conquistar
todos os espaços do mundo”, pontuou Mestre Gil.
Apesar da falta de investimentos, o Coração Nazareno resiste. Lucicleide Silva disse
que esperou três anos para se apresentar no carnaval, devido às restrições da crise
sanitária do vírus da Covid-19. Dessa forma, as expectativas das integrantes eram
muito altas. No entanto, elas não foram colocadas na lista de Maracatus que iriam
receber apoio da Fundarpe (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de
Pernambuco). Além disso, ela também afirmou que não recebiam investimentos que compensassem seus trabalhos e espera que a cultura tenha mais
reconhecimento e valorização pela sociedade e pelas autoridades políticas.
“Infelizmente, depois de 3 anos sem carnaval, a gente pela primeira vez ficou de
fora da programação do estado, até agora não fomos contratadas. Então vemos que
é muito triste, o único Maracatu formado só com mulheres recebendo discriminação
dessa maneira. Cadê a valorização das mulheres? Colocamos o surrão, passamos
o ano inteiro trabalhando sem verba, mas no carnaval temos esperança de
conseguir um investimento para apresentação e nem isso conseguimos. A própria
cidade de Nazaré da Mata também não valoriza, não nos apoia, são 17 anos com o
mesmo “cachê” para realizar a apresentação no parque dos lanceiros”, lamentou
Lucicleide em reportagem da TV Globo. Após ir ao ar, com ênfase de que elas não
foram chamadas pela Fundação, foram incluídas na lista às pressas, na véspera do
domingo de carnaval.
Denise Maria José é mestra cabocla do Coração Nazareno e tem a função de
realizar as evoluções em conjunto com o grupo de caboclas, organiza os espaços, a
estrutura do Maracatu e dialoga através do olhar com a mestra de apito, Gil. Dessa
forma, precisa ler os sinais para saber o momento exato da manobra, ciranda e
algumas evoluções. Desde 2006, Denise decidiu brincar no Maracatu e não parou
mais. Ao ser questionada porque ficou 17 anos no Coração Nazareno, disse que era
o lugar que se identificava e que gostava muito de participar da tradição.Também
explica que participar é uma tradição de família, seus tios e primos participam de
outro Maracatu, na cidade de Araçoiaba, mas nenhuma mulher de sua linhagem
seguiu a cultura, ela é a pioneira e tem sua vida em constante transformação.
Quando jovem Denise admirava as apresentações e começou a encontrar a beleza
nas fantasias, no ritmo, no canto e nas coreografias do Maracatu, pouco tempo
depois estava decidido, iria se tornar uma integrante do Coração Nazareno, ao qual
começou a construir carinho. Personagens como rainha, dama do paço e baiana
não a interessava, a exigência de Denise era sair de cabocla porque as fantasias e
os movimentos lhe chamavam atenção.
Ela conta tudo isso com brilho nos olhos,
destaca que gosta mesmo é de inspirar outras mulheres a se sentirem livres e a ser quem elas quiserem. Esse sentimento alivia o peso das indumentárias, 16 kg que
não são sentidos nas apresentações. Quando escuta o terno tocar ela esquece de
seus problemas e aproveita cada instante daquilo que vem se preparando o ano
todo para sentir na pele, a sagrada tradição do Maracatu. Começou acanhada na
linha de trás, mas logo foi ganhando destaque, até que conquistou o posto de
mestre de caboclos.
Denise relata que antes não tinha compromisso com o Maracatu, vivia bebendo
cerveja e não via sentido na vida, mas segundo ela a cultura lhe salvou. A medida
que foi criando conexão com o grupo, foi compreendendo um quadro grave de
depressão e ansiedade, e a Amunam financiou seu tratamento: idas ao psicólogo,
psiquiatra e remédios. As mulheres do grupo ficam felizes em auxiliar uma às outras
e ajudam a se tornarem protagonistas de suas histórias. Denise se orgulha de fazer
parte do Maracatu e da Associação que se tornou um lar. Ela tem sua vida
transformada todos os dias pela cultura.
Enquanto conversávamos, Terezinha de Jesus trabalhava na costura da gola de
Maracatu, são mais de 30 mil lantejoulas aplicadas nessa peça, que vem sendo
produzida durante todo ano para trazer a beleza do carnaval. Ela já saiu de muitos
personagens, como bandeirista, dama do paço e este ano se atreveu a ser a burra
do Maracatu. Mestre Gil chegou para brincar no primeiro ano que o Coração
Nazareno iria sair às ruas, chegou querendo ser cabocla, mas como não havia vaga
teve que ser bandeirista, no ano seguinte foi chamada para ser mestre de apito e
apesar da timidez, acabou aceitando o desafio.
Mestre Gil não tem letra, mas sabe
fazer críticas aos problemas emplacados na sociedade e tenta sempre levar um
pouco de harmonia para o mundo. Em seus versos traz mensagens importantes
sobre violência contra mulher, feminismo, sustentabilidade, educação e respeito.
Na segunda-feira de carnaval, acompanhei a apresentação no Parque dos
Lanceiros, em Nazaré da Mata. A mestre Gil se emocionou em muitos momentos ao
expressar seu orgulho pelo Maracatu com o empoderamento feminino, além de
fazer belas homenagens a sua família, seus filhos e seu marido. Ao falar dos filhos
diz que é uma mulher guerreira por cuidar de cinco filhos sozinha. “Nunca deixei nada faltar para meus filhos, saia de casa com fome e ia trabalhar, deixava a comida
na mesa para eles, pois não queria vê-los pedindo nada a ninguém. Fico feliz e
satisfeita de tê-los educado para serem bons cidadãos”. O marido, Mestre Duda,
tem uma ligação profunda com o Maracatu, ele já se apresentou em 66 carnavais,
como mestre de apito. Mal sabia ler e escrever e começou a improvisar versos
quando ainda iria completar 10 anos. Eles já chegaram a realizar muitas
apresentações juntos, ele é uma grande inspiração para a mestre.
O preconceito com o Maracatu feminino traz uma angústia em seu coração. Mas,
ela vem se esforçando todos os dias para acabar com esse problema que retrocede
a luta das mulheres por igualdade. Quando era jovem pensava que a liberdade viria
com a idade, depois pensou que viria com o tempo, no entanto nada chegou, assim,
percebeu que a liberdade não viria e precisava buscá-la, passou sempre a correr
atrás dela. Dessa forma, enfrentou seus medos para mostrar que o potencial
feminino vai muito além, e que onde há persistência, também há conquista. Ela teve
que se afastar uns anos do maracatu por causa de uma doença, até achou que não
voltaria a cantar, mas assim que se recuperou, voltou a se refugiar na cultura viva, a
qual se sente livre para distribuir seu amor em versos.
Lucicleide é a musicista do Maracatu, desde que tinha 14 anos se tornou integrante
da Amunam, por ser tímida na época, ela conta que perdeu a oportunidade de se
apresentar na Holanda e dar uma entrevista sobre o projeto social da Associação. A
partir desse momento, travou uma batalha com sua timidez para não perder mais
oportunidades, e venceu. Hoje ela é a mais comunicativa da associação e se tornou
a Comunicadora Social da Amunam.
Ela participou de todos os carnavais do Coração Nazareno, ao todo foram 16 anos,
Lucicleide reforça a importância da mulher ser livre para mostrar seu potencial em
um cenário dominado por homens, para quebrar tabus visíveis na sociedade. Antes,
ela brincava em blocos, mas não era em um papel de destaque. Com o Coração
Nazareno, se esforça para aprender e multiplicar, para levar mais mulheres a
acreditar no poder da cultura.
“Eu desejo me profissionalizar e ver mulheres serem cada vez mais protagonistas
de suas histórias. Eu sempre tive um sonho de ser musicista, minha família gosta
muito dessa cultura, meu pai tocava coco, meu irmão é músico, meu sobrinho toca
todos os instrumentos do Maracatu e meu tio é maestro. Mas eu não tinha prática,
porque nunca tive a oportunidade de tocar. Quando eu comecei a me interessar a
tocar no Maracatu, fui criando gosto.
A Amunam mudou minha minha vida, por ter
me proporcionado realizar esse sonho, hoje eu toco surdo, tarol e mineiro. E o bom
daqui é multiplicar nossos conhecimentos. A cultura pode transformar tudo na vida
de um ser humano, até mostra um talento que as pessoas nem sabem que tem,
muitas pessoas já passaram por aqui e nunca imaginaram que iriam ser musicistas,
talvez se eu não tivesse na Amunam não iria realizar esse meu sonho, apesar de já
ter ele no sangue”, destaca Lucicleide. Dessa maneira, as integrantes do Maracatu
Coração Nazareno deixam sua marca no mundo e com muito brilho exaltam a
fortaleza que há em cada mulher.
A luta contra a discriminação de gênero é uma construção permanente. As crenças
de que as mulheres não podem estar onde desejam, ainda são fortes e presentes,
dentre os 130 Maracatus que existem no Brasil, apenas em um, no Coração
Nazareno, elas podem se apresentar de todos os personagens do folguedo. Eliane,
Denise, Terezinha, Mestre Gil, Lucicleide e as outras integrantes do Maracatu
sabem da importância de seguir adiante do jeito delas, colocando em prática o
conceito de sororidade. Elas se esforçam todos os dias para aprender, multiplicar a
cultura e levar mais mulheres nessa luta. “A cultura não é de homem ou de mulher,
a cultura é das pessoas; a cultura é nossa! Se você não tem cultura, você perde sua
história.” proclamou, Eliane.







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