Desde 2006, o Dia Nacional do
Idoso é celebrado no 1º de outubro, mesma data do Dia Internacional da Pessoa
Idosa, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1990. O momento
faz um convite a reflexão e reconhecimento da experiência e contribuição que os
idosos trazem. “Celebrar o dia do idoso não é apenas homenagear, mas também
chamar a atenção para os direitos, para o respeito e para o valor que essa fase
da vida tem”, complementa Andréa Figuerêdo, médica geriatra do Hospital Jayme
da Fonte.
Cerca de 15,6% da população tem
60 anos ou mais, segundo dados do Censo Demográfico de 2022, realizado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E, desde 2003, o
Estatuto do Idoso garante a essa parcela da população o direito à saúde, mas, à
medida que os anos passam, manter-se em boas condições vem com os seus próprios
desafios, como o controle de doenças crônicas e a manutenção da independência.
“A qualidade de vida do idoso é
multifatorial. Envolve saúde física, claro, mas também equilíbrio emocional,
suporte social e sentido de propósito. Quando olhamos apenas para a ausência de
doenças, deixamos de lado dimensões fundamentais como autonomia, engajamento em
atividades significativas e relações de afeto. A longevidade não pode ser só “sobreviver
mais”, mas sim viver com dignidade, prazer e autonomia”, explica a
especialista.
Ter uma dinâmica familiar que
favorece o sentimento de utilidade do idoso enquanto respeita as limitações
provocadas pelo envelhecimento é uma forma de fugir da dependência. Porém,
alguns sinais de alerta ainda permanecem: quedas, mesmo que pequenas, perda
involuntária de peso, esquecimento frequente, alterações do comportamento,
isolamento social, alterações do sono e desânimo persistente. Muitas vezes, o
idoso e a família naturalizam esses sinais como reflexos do envelhecimento, mas
eles podem indicar condições que, se tratadas precocemente, preservam qualidade
de vida.
Por exemplo, a perda auditiva a
partir dos 50 anos é um fator que deve ser investigado. Segundo Figuerêdo, esse
é um dos principais fatores que aumentam os riscos do declínio cognitivo e
orienta que a correção auditiva deva ser feita o quanto antes. “A interação
social, o sentimento de utilidade e o controle da depressão, hipertensão,
diabetes, aumento do colesterol e doenças cardíacas, também ajudam na questão
mental”, finaliza.
Consolidado no Polo Médico do
Recife, o segundo maior do Brasil, o Jayme da Fonte é um moderno complexo
hospitalar com uma trajetória de sete décadas de funcionamento. Oferece
acompanhamento especializado em geriatria, programas de prevenção, equipe
multiprofissional e atenção diferenciada às necessidades desse público.
Fonte: Diário de Pernambuco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário