O colesterol é uma gordura que
deriva da fonte animal e desempenha funções importantes no organismo. Ele
integra a estrutura celular e tem parte importante na produção de alguns
hormônios e vitaminas. Além disso, produz ácidos biliares que atuam na
digestão.
Segundo explica o cardiologista
Tomás Mesquita, do Hospital Jayme da Fonte, o colesterol pode ser medido pelo
nível em que ele se encontra no sangue da pessoa, através da coleta sanguínea.
Essa análise vai definir se o paciente tem riscos de desenvolver doenças
cardiovasculares ou vasculares cerebrais.
“O colesterol total abaixo de
200mg/Dl [miligramas por decilitro] já passa a ser um valor dentro da
normalidade, mas tem que analisar as frações, porque o colesterol é uma gordura
que, no nosso sangue, é transportada com a ligação de proteínas. Daí nós temos
as frações do colesterol”, explica.
Frações do colesterol
De acordo com o Ministério da
Saúde, a composição do colesterol é sempre a mesma. O que muda é o meio de
transporte dele, ou seja, a lipoproteína a que está associado. Pode ser de alta
ou baixa densidade, dependendo da composição, com funções e impactos totalmente
diferentes.
- HDL (High-Density Lipoprotein): Conhecido como ‘colesterol bom’, atua na defesa contra doenças cardiovasculares, de maneira geral. Está relacionado às lipoproteínas de alta densidade, que transportam o colesterol para o fígado, onde é eliminado do corpo;
- LDL: É o ‘colesterol ruim’. Combinado às lipoproteínas de baixa densidade, o nível dele deve ser mantido baixo. Quando em excesso, pode se depositar nas paredes das artérias. Isso vai formar placas que viabilizam o risco de obstrução e, consequentemente, de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), entre outras doenças;
- VLDL: Outro tipo de ‘colesterol ruim’ que transporta os triglicerídios e outros lipídios pelo sangue. Em níveis elevados, este tipo de colesterol pode acarretar doenças cardiovasculares.
Tratamento
Tomás Mesquita afirma que 70% do colesterol é produzido no fígado. Apenas 30%
da formação dele acontece a partir de hábitos alimentares. Para tratar a
dislipidemia, ou seja, níveis anormais de lipídios no sangue é preciso rever
costumes.
“Todo tratamento começa pela
mudança do estilo de vida. A pessoa vai para praticar uma atividade física e
uma mudança alimentar radical, porque as gorduras, como frituras, por exemplo,
não devem ser consumidas. Acarretam uma complicação. Quando esse tratamento não
medicamentoso não resolve, a gente começa a entrar com as drogas que tratam o
colesterol”, ressalta ele.
“A forma como nós educamos os
nossos filhos e os nossos netos influencia. Se uma criança é educada no meio
onde o pai é obeso, sedentário e tem colesterol alto ou a mãe também, vai
copiar o quê? É preciso evitar os alimentos gordurosos, frituras, sedentarismo
e obesidade. Tudo isso é um efeito cascata. Vem trazer outras doenças
associadas, aí vem a chamada síndrome plurimetabólica, onde vai encontrar uma
série de doenças”, finalizou.
Fonte: Folha de Pernambuco.
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