Agora réu por tentativa de golpe
de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (26)
que a primeira, a segunda e a terceira opções da direita para as eleições
presidenciais de 2026, caso ele não possa disputar, são “Jair, Messias ou
Bolsonaro”.
“Não vai ser o Jair, é isso que
você quer dizer? Vai ser o Messias. Você quer um terceiro nome? Seria o
Bolsonaro. É Jair, Messias ou Bolsonaro. Se você me comprovar que eu fui
justamente condenado a inelegibilidade, eu respondo para você”, afirmou. As
informações são da Folha de S. Paulo.
Além de réu por tentativa de
golpe, o ex-presidente está inelegível por decisão do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral). A ação julgada em junho de 2023 teve como foco a reunião em julho
de 2022 com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, residência
oficial da Presidência da República.
Na ocasião, a menos de três meses
da eleição, Bolsonaro fez afirmações falsas e distorcidas sobre o processo
eleitoral, alegando estar se baseando em dados oficiais, e buscou desacreditar
ministros do TSE.
Nesta quarta, a Primeira Turma do
STF (Supremo Tribunal Federal) tornou o ex-mandatário réu sob a acusação de
integrar o núcleo central da trama golpista de 2022. A decisão do Supremo abre
caminho para julgar o mérito da denúncia contra o ex-presidente até o fim do
ano.
Além de Bolsonaro, foram tornados
réus Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-chefe da Abin), Almir Garnier
(ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto
Heleno (ex-ministro do GSI), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro),
Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro
da Casa Civil e da Defesa).
Eles são acusados pelos crimes de
organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado
Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e
grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado.
Somadas, as penas máximas podem passar de 40 anos de prisão.
Após o resultado, Bolsonaro falou
duas vezes com a imprensa em frente a um dos anexos do Senado. O ex-presidente
acompanhou a sessão do gabinete do filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro
(PL), e passou o dia no local.
A segunda entrevista foi
momentaneamente interrompida por um manifestante que tocava a Marcha Fúnebre de
Frédéric Chopin no trompete.
Fonte: Blog do Magno Martins.
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