O Ministério
da Saúde anunciou que o esquema vacinal contra poliomielite passa a ser
composto, exclusivamente, por uma dose de vacina inativada poliomielite (VIP).
A decisão do ministério em substituir as duas doses de reforço com vacina oral
poliomielite bivalente (VOPb), a famosa ‘gotinha’, pela injetável levou em
conta as novas evidências científicas para proteção contra a doença. Com o
avanço tecnológico, será possível garantir uma maior eficácia do esquema
vacinal.
Para o
diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti,
a mudança é significativa e pode ser observada no mundo inteiro. Países como o
Estados Unidos e nações europeias já utilizam esquemas vacinais exclusivos com
a VIP.
“O Ministério
da Saúde está seguindo uma tendência mundial e está substituindo as duas doses
de reforço com a gotinha por uma dose da vacina injetável, que tem uma
plataforma mais segura e protege muito bem as nossas crianças”, explica
Gatti.
Atualmente,
há cerca de 38 mil salas de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em
todo o país. A meta do Ministério da Saúde é que a cobertura vacinal alcance
95% até o fim deste ano. Em 2023, a cobertura da VIP foi de 86,5% e a de VOP
78,2%, segundo as informações contidas na Rede Nacional de Dados em Saúde
(RNDS).
O esquema
vacinal anterior contemplava a administração de três doses da VIP aos 2, 4 e 6
meses e duas doses de reforço da VOP, a ‘gotinha’, aos 15 meses e aos 4 anos de
idade. A partir de hoje, será necessária apenas uma dose de reforço com VIP,
aos 15 meses,
Desta forma
o esquema vacinal passa a ser:
2 meses – 1ª
dose;
4 meses – 2ª
dose;
6 meses – 3ª
dose;
15 meses –
dose de reforço.
Coberturas
vacinais
A nova
estratégia para uso do imunizante injetável é mais um passo para garantir que o
Brasil se mantenha livre da poliomielite. O país está há 34 anos sem a doença,
graças à vacinação em massa da população.
O Brasil tem
se destacado positivamente no avanço das coberturas vacinais. Após enfrentar
declínios desde o ano de 2016, em 2023 o país reverteu a tendência de queda de
13 dos 16 imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação. E a vacinação contra
a poliomielite no país é uma das causas do resultado positivo.
O Zé Gotinha
vai se aposentar?
O famoso
personagem Zé Gotinha, criado nos anos 1980, é o símbolo da luta contra a
poliomielite e, além disso, foi usado para alertar sobre a prevenção de doenças
imunopreveníveis. Mesmo com a mudança, ele continuará atuando em prol da
vacinação e da vida.
“O Zé
Gotinha não vai desaparecer, pelo contrário, ele continua firme e forte na
defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e na promoção do PNI. Ele ajuda a
promover não só o SUS, mas promover a vida, promover a vacinação”, reforça o
diretor do DPNI.
Fonte: Blog do Magno.
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