Ao menos duas explosões
foram ouvidas na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes, na
Esplanada dos Ministérios, centro de Brasília. Uma delas se deu em frente à
estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal. A segunda explosão ocorreu em
um carro estacionado próximo a um anexo da Câmara dos Deputados. Todo o
perímetro foi interditado pela Polícia Militar e pela segurança do STF. Um
homem, de 59 anos, identificado como Francisco Wanderley Luiz,
morreu no local.
Ele é natural de Santa Catarina e concorreu ao cargo de vereador numa cidade catarinense, pelo Partido Liberal (PL), o mesmo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo testemunhas, ele jogou um explosivo na estátua da Justiça e o artefato retornou, atingindo-o e causando a explosão.
Francisco Wanderley Luiz, apontado pela polícia como responsável por explosão na Praça dos Três Poderes, próximo ao STF(foto: Material cedido ao Correio)
Vídeos obtidos pelo Correio mostram
fumaça e vários sons de explosão em uma área usualmente movimentada entre a
sede da Corte e a Câmara dos Deputados. Equipes do Corpo de Bombeiros, da
Polícia Civil e da Polícia militar foram deslocadas para a região e fazem
varreduras para garantir a segurança.
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva permaneceu no Palácio da Alvorada, acompanhado dos ministros do STF
Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin enquanto a segurança fazia ronda
para rastrear novos artefatos explosivos.
A governadora em exercício,
Celina Leão, foi ao local da explosão e, logo depois, concedeu entrevista
coletiva em que informou que, a princípio, o caso está sendo tratado como
suicídio, e não como atentado.
Veja a fala de Celina durante a
ida ao local da explosão:
Arthur Lira, presidente da Câmara
dos Deputados, emitiu nota oficial em que pede urgência na apuração da explosão
do carro em um estacionamento público próximo ao Anexo IV da Câmara dos
Deputados. "Por determinação do presidente-em-exercício da Mesa, Deputado
Sóstenes Cavalcante, os trabalhos do plenário foram suspensos temporariamente,
por medida de segurança, para garantir a integridade dos parlamentares e dos
servidores da Casa. Em seguida, a sessão foi encerrada. Reafirmo,
veementemente, meu total repúdio a qualquer ato de violência", destacou o
parlamentar.
Ministros em segurança
O Supremo Tribunal Federal (STF)
informou, em nota, que a Corte foi evacuada logo que foram ouvidas as explosões
ocorridas na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes.
Conforme informou o STF, os ministros foram retirados do prédio em segurança.
"Ao final da sessão do STF
desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros
foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do
edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as
investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF
colabora com as autoridades policiais do DF", afirma a nota.
Testemunha conta o que viu:
PCDF faz perícia
A Polícia Civil do Distrito
Federal (PCDF) informou que a perícia foi acionada à Praça dos Três Poderes. "A
Polícia Civil do Distrito Federal informa que policiais da 5ª Delegacia de
Polícia estão no local onde ocorreu a explosão de um artefato em frente ao
Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta quarta-feira (13). A PCDF já deu
início às primeiras providências investigativas e a perícia foi acionada ao
local", diz nota enviada ao Correio.
"A princípio há uma única
vítima. O Bope está fazendo varredura e não há como passar mais informações. Só
após a varredura e indicativo e local totalmente seguro, serão feitas
diligências de perícia e identificação da vítima", afirmou Bruno Dias,
delegado da 5ª DP.
A Polícia Militar do Distrito
Federal (PMDF) também realiza uma varredura na praça em busca de outros
explosivos.
Fonte: Correio Braziliense.
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