Super TPM existe e não é frescura


 

A Tensão Pré-Menstrual (TPM) é um termo familiar para a maioria das mulheres, mas a chamada Super TPM é uma condição que vai além dos sintomas comuns, impactando significativamente a saúde mental e física de quem a enfrenta.

Não se trata de uma invenção ou exagero, mas de uma manifestação intensa que afeta cerca de 5 a 8% das mulheres em idade reprodutiva, segundo dados da Associação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Esses sintomas exacerbados têm nome: Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM).

A Super TPM se caracteriza por uma combinação de sintomas físicos e emocionais intensos que ocorrem na fase lútea do ciclo menstrual, os dias que antecedem a menstruação. Os mais frequentes são: irritabilidade, ansiedade, depressão, sensação de inchaço, dores musculares e insônia. No caso da Super TPM ou TDPM, essas manifestações se tornam tão severas que podem interferir nas atividades diárias, prejudicando relações pessoais, profissionais e sociais.

Estatísticas mostram que aproximadamente 80% das mulheres em idade fértil experimentam algum grau de TPM, mas a Super TPM é diferente. A intensidade é tamanha que a Organização Mundial da Saúde (OMS) a classifica como um distúrbio psiquiátrico, reconhecendo a necessidade de atenção especializada. Pesquisas indicam que 40% das mulheres com TDPM apresentam sintomas tão fortes, que chegam a faltar ao trabalho ou a comprometer as funções no cotidiano.

Os estudos sugerem que as causas estão relacionadas à sensibilidade exagerada do organismo às flutuações hormonais, principalmente à progesterona e ao estrogênio. Isso afeta os níveis de neurotransmissores cerebrais, como a serotonina, influenciando diretamente no humor e no bem-estar. Fatores genéticos e emocionais também podem agravar o quadro, tornando a condição ainda mais difícil de manejar.

Ignorar a Super TPM ou tratar seus sintomas como frescura é não reconhecer um problema que pode afetar,  profundamente,  a qualidade de vida da mulher. O tratamento é possível e inclui abordagens que variam de mudanças no estilo de vida, como exercícios físicos e alimentação equilibrada, a terapias medicamentosas. Antidepressivos, suplementação de vitaminas e hormonioterapia são algumas das opções para aliviar os sintomas e devolver à mulher seu equilíbrio emocional e físico.

Fonte: Diário de Pernambuco.

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