O ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, respondeu, nesta terça-feira (22/10), às
avaliações negativas de agências e investidores que percebem um crescimento
econômico insustentável no Brasil para 2025, devido ao uso intenso de estímulos
fiscais desde o início do governo atual. Para o chefe da Pasta, as críticas não
possuem embasamento, mas admitiu que o crescimento do PIB ainda depende de uma
“série de variáveis”.
“Não é
verdade que o Brasil está crescendo com o estímulo fiscal. O déficit do ano
passado, em função do pagamento do calote do governo anterior, é três vezes
superior ao programado para este ano, segundo o mercado. E não obstante, a
economia deste ano está crescendo mais do que cresceu o ano passado”, disse o
ministro, que participa de um encontro de representantes das 20 principais
economias do mundo, em Washington, EUA.
Nesta
terça-feira, Haddad teve uma reunião bilateral com o presidente do Banco
Mundial, Ajay Banga, e ainda deve se reunir com representantes da agência
de crédito Fitch Ratings, que recentemente publicou uma nota com críticas à
condução da política fiscal do Brasil. Mais cedo, também foi convidado para uma
reunião, com Galípolo, pelo Conselho Econômico da Casa Branca.
O ministro
da Fazenda ainda comentou sobre a revisão para 3% do crescimento econômico
do Brasil para 2024, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele
acredita que a elevação da expectativa demonstra que a economia segue em ritmo
de crescimento, com inflação “relativamente controlada”.
“É sinal de
que nós temos um potencial de crescimento sustentável, que não é uma coisa que
vai acontecer este ano e daqui a pouco para. Nós estamos com toda a condição de
continuar crescendo”, avalia Haddad.
Mesmo com
sinalizações mais fortes recentemente de possíveis cortes na despesa da União,
o ministro preferiu não adiantar novas medidas, que devem ser discutidas quando
retornar ao Brasil. “Tenho reuniões agendadas tanto com os demais ministérios,
quanto com o Presidente da República. Então nós temos um caminho a percorrer”,
pontuou.
Fonte: Correio Braziliense.
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