A presidente
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia,
condenou nesta terça-feira (24) episódios de violência envolvendo candidatos e
seus assessores na campanha eleitoral.
Sem citar
casos específicos, a ministra determinou que a Polícia Federal (PF), o
Ministério Público e os tribunais regionais eleitorais (TREs) priorizem a
investigação e julgamento de processos envolvendo a questão durante a campanha
eleitoral.
Durante a
abertura da sessão desta noite, Cármen Lúcia disse que a violência
praticada na política desrespeita a sociedade e a democracia.
"Por
despreparo, descaso ou tática ilegítima e desqualificada de campanha atenta-se
contra cidadãs e cidadãos, atacam-se pessoas e instituições e, na mais
subalterna e incivil descompostura, impõe-se às pessoas honradas do país, que
querem entender as propostas que os candidatos têm para a sua cidade sejam elas
obrigadas a assistir cenas abjetas e criminosas, que rebaixam a política a
cenas de pugilato, desrazão e notícias de crimes", afirmou.
A presidente
também afirmou que candidatos e auxiliares de campanha devem respeitar a
democracia brasileira.
"Há que
se exigir, em nome do eleitorado brasileiro, que candidatos e seus auxiliares
de campanha deem-se ao respeito. E se não se respeitam, respeitem a cidadania
brasileira, que ela não está à mercê de cenas e práticas que envergonham e
ofendem a civilidade democrática", disse.
Cármen Lúcia alertou
que os partidos, que usam recursos públicos nas campanhas, não podem compactuar
com episódios de violência.
"Não
podem [partidos] pactuar com desatinos e cóleras expostas em cenas de vilania e
desrespeito aos princípios básicos da convivência democrática", completou.
As
declarações da ministra ocorrem um dia após mais um caso de violência
registrado na campanha para a prefeitura de São Paulo. Ontem (23), Duda Lima,
publicitário do atual prefeito e também candidato Ricardo Nunes (MDB), foi
agredido por Nahuel Medina, assessor do candidato Pablo Marçal (PRTB).
A agressão
ocorreu no final do debate eleitoral realizado pelo grupo Flow, proprietário de
um podcast na internet.
Há duas
semanas, o candidato Datena (PSDB) agrediu Marçal com uma cadeira durante
debate realizado pela TV Cultura.
Fonte: Diário de Pernambuco.
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