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Como a
Reforma Tributária vai aumentar os preços dos produtos? Na votação do projeto
na Câmara que regulamenta a reforma, parlamentares aprovaram uma série de
exceções no texto que ampliam a lista de itens na cesta básica, isentos de
impostos, e concederam descontos a outros alimentos, como salmão e atum.
Além disso,
a tributação dos remédios ficará menor, com mais produtos na alíquota reduzida
em 60%, como antigripais. Com esse desconto, esses produtos pagarão 10,6% de
imposto.
Na cesta de
compras, o consumidor deve ter alívio em uma gama de produtos. Do filé mignon
passando pela costeleta de porco e a tilápia, as carnes ficarão isentas de
impostos. Mas o almoço de domingo, com bacalhau e lagostim, ainda vai sair pela
alíquota-padrão (26,5%).
De última
hora, os parlamentares incluíram também queijos como muçarela, minas, prato,
coalho, ricota, requeijão, provolone, parmesão e queijo do reino ficarão
isentos.
Já a cerveja
e o vinho tendem a ficar mais caros, pois foram incluídos no Imposto Seletivo,
o chamado imposto do pecado, que terão alíquota maior que a padrão. Eletrodomésticos
tendem a ficar mais em conta
Mas os alimentos não são os únicos itens afetados. A proposta que busca
simplificar o nó tributário no país deve ter impacto sobre produtos
industriais, segundo especialistas.
De acordo
com Paulo Henrique Pêgas, professor do MBA em Gestão Tributária da Fipecafi,
produtos atualmente tributados com o IPI devem ficar mais em conta. Isso inclui
eletrodomésticos, como fogão, geladeira, freezer e micro-ondas, além de roupas,
equipamentos esportivos, entre outros.
— Esses
produtos têm imposto definido em cima do preço de venda, além disso, incide
imposto sobre imposto, o que dá uma alíquota de 34%. Se ainda houver cobrança
de IPI, como nos eletrodomésticos, o total chega a 48% no modelo atual. Com a
reforma, vai cair para 26,5% — diz Pêgas.
Ele explica
que hoje a tributação é feita "por dentro", o que significa que o
valor do imposto já está incluído no preço total do produto ou do serviço. E
não é um valor adicional. Assim, a base para incidir o imposto é o valor de
venda da mercadoria. Com a reforma, o imposto será calculado a partir do preço
de custo, com alíquota básica de 26,5%.
Serviços e
contas de consumo devem subir
Em relação ao preço dos serviços, a expectativa é que fiquem mais caros. Pêgas
cita saneamento, contas de água e luz, além de serviços profissionais como os
de advogados e arquitetos, que tendem a encarecer.
— Para uma
pessoa física contratar um advogado para ações pessoais, como um divórcio, é
provável que esse tipo de serviço tenha um aumento elevado. Porque o advogado
hoje tem uma tributação menor, isso deve aumentar um pouco e logicamente ele
vai repassar para o preço do serviço - afirma.
Ele explica
que esses profissionais pagam um total de 8,65% em tributos hoje, considerando
PIS e Cofins. Com a Reforma Tributária, a alíquota será de 18,5%.
Já serviços
de educação podem ficar mais baratos, pois terão alíquota reduzida.
Reportagem
da Agência o Globo para a Folha de Pernambuco. Disponível em: https://www.folhape.com.br/economia/com-a-reforma-tributaria-o-que-vai-ficar-mais-caro-e-o-que-vai-ficar/348403/
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