O
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que teve a aplicação adiada por causa da
pandemia do novo coronavírus, foi remarcado para os dias 17 e 24 de janeiro, na
sua versão impressa. A nova data para aplicação das provas foi divulgada hoje
(8), durante coletiva de imprensa transmitida pela internet, que contou com a
presença do secretário executivo da pasta, Antonio Paulo Vogel, que é o
ministro interino, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes.
"Entendemos
que essa decisão não é uma decisão perfeita e maravilhosa para todos. Sabemos
que não é. Então, buscamos uma solução técnica, tentando ver a data que melhor
se adequa a todos", afirmou Vogel, ao divulgar o novo calendário. Segundo
ele, a definição das datas foi construída após diálogo com as secretarias
estaduais de Educação e entidades que representam as instituições de ensino
superior, tanto privadas quanto públicas.
Segundo
o presidente do Inep, serão adotadas medidas sanitárias durante a aplicação das
provas, como uso de álcool gel e distanciamento adequado entre os estudantes.
Os protocolos sanitários para aplicação das provas vão gerar um custo adicional
de cerca de R$ 70 milhões para o governo federal, informou Alexandre Lopes.
"Estamos
prontos para fazer essa execução em janeiro. Já estamos adotando as medidas
necessárias, junto ao consórcio aplicador, para garantir a segurança sanitária
durante a aplicação da prova, medidas relativas ao uso de álcool gel, uso de
máscara, distanciamento e quantidade a alunos nas salas de aplicação do
exame", afirmou Lopes.
Consulta
pública
Em junho, o Inep chegou a realizar uma enquete virtual para saber em quais datas os estudantes gostariam de realizar a prova. Pelo levantamento, 49,7% dos estudantes preferiam que o Enem impresso fosse aplicado em 2 e 9 de maio de 2021 e o Enem digital em 16 e 23 de maio. Ao comentar a decisão de aplicar as provas entre janeiro e fevereiro, Lopes disse que levou em conta, além da própria enquete, as opiniões das instituições de ensino e das secretarias de educação.
"A
enquete não seria o único parâmetro para definição da data, era mais um
parâmetro. Entendemos que seria muito importante ouvir os secretários estaduais
de educação, representados aqui pelo Consed, como também as instituições de
ensino superior, tanto públicas quanto privadas. Todas as informações foram
levadas em consideração. Com relação à enquete, mais da metade dos alunos
optaram por dezembro e janeiro; maio foi menos de 50% dos alunos, então, mais
da metade dos alunos preferiu dezembro e janeiro e a gente também está
atendendo esse público", argumentou.
Edição
extra do Sisu
O
ministro interino da Educação destacou que, caso seja um desejo das
instituições de ensino, o MEC poderá abrir um terceiro período de inscrições no
Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em 2020. Normalmente, o Sisu é aberto duas
vezes no ano, no primeiro e no segundo semestre.
As
inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2020 estão abertas até
o dia 10 de julho. Serão oferecidas mais de 51 mil vagas em instituições de
ensino superior do país.
Pela
primeira vez, além dos cursos de graduação presenciais, o Sisu 2020.2 vai
ofertar vagas na modalidade a distância (EaD). Além de ter feito o Enem de
2019, os interessados não podem ter zerado a redação. Estudantes que fizeram o
exame na condição de treineiros também não podem participar.
Fonte:
Agência Brasil
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