Como se preparar para provas extensas, que exigem muita leitura?


 

Imagina realizar seu primeiro concurso público e se deparar com uma prova carregada de textos, alternativas longas e muitos conteúdos? Foi o que aconteceu com Pedro Lucas e muitos outros concurseiros neste primeiro domingo de outubro, ao prestarem o Concurso Nacional Unificado (CNU). 

“É realmente uma prova muito longa, extensa e muito conteudista, e, por medo, eu acabei piorando ela muito mais, tornando ela um problema muito maior do que de fato era”, declarou Pedro.

Nessa primeira experiência, o jovem de apenas 18 anos foi pego de surpresa, pois esperava uma prova mais objetiva e técnica. Mas então, será que é possível se preparar para concursos extensos, que estão se tornando cada vez mais comuns, e não sofrer o mesmo susto que Pedro?

Preparação
De acordo com o professor de Matemática e Raciocínio Lógico para concursos, Nelson Carnaval, em um texto longo, cerca de 30% do seu conteúdo é colocado somente para preencher espaço. Logo, existem algumas táticas para diferenciar o que é essencial ou não para a resolução.

Ao responder a prova, é muito importante ler primeiro o comando da questão, e ir para o texto já procurando os dados que possam sintetizar a resposta. Outra dica é grifar no texto informações como datas, números, leis e nomes, para que, caso seja necessário voltar para ele, o candidato não perca tempo relendo tudo, e foque apenas em alguns recortes.

Para o estudante Pedro Lucas, outra forma de priorizar recortes é resolver primeiro questões que se tem maior familiaridade. Em muitos casos, dar preferência para questões mais curtas pode fazer com que o candidato perca a noção do tempo, e possivelmente leve perguntas mais maiores e mais difíceis para a reta final, quando já se está muito cansado. 

Outro ponto crucial é o tempo. O candidato que queira enfrentar com tranquilidade esses concursos precisa estudar tendo em mente o treino cronometrado para resolução de questões, levando em conta pequenos momentos de pausa para recuperar o foco pós-fadiga. 

“Você precisa reconhecer o seu tempo, até onde eu consigo ir. Se eu não estou conseguindo mais, é hora de dar uma parada, dar uma descansada. Não adianta forçar e não conseguir absorver os conteúdos, nem assimilar o que a banca organizadora quer [naquela questão]”, aconselha Nelson.

“Se tem alguma parte da prova que está me consumindo muito, me deixando fatigado e cansado, eu acabo saindo dessa parte, deixo ela de lado e vou para outras partes. Eu costumo também sair do local de prova, lavar o rosto, lavar as mãos, comer, respirar, entender o que eu preciso fazer para não ficar pensando em fazer uma coisa que eu nunca fiz”, declarou Pedro sobre seus hábitos de prova.

No fim, provas longas são formuladas para assustar os candidatos, e esse é um recurso muito usado pelas bancas para separar logo de cara “o joio do trigo”. Para não ser abalado por elas, é preciso conhecê-las, e ter um hábito de leitura sólido o suficiente para que os textos do concurso não surjam como um peso. 

Fonte: Folha de Pernambuco.


 

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