Ao contrário do que era esperado,
as medidas tratadas em reunião entre governadores do Consórcio Nordeste, com o
vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, nesta terça-feira (5), só devem
ser anunciadas no início da próxima semana. A ideia é manter o diálogo e
esperar os efeitos do tarifaço nas exportações dos estados, além de outras
medidas que o governo brasileiro vem tentando implementar no campo da
diplomacia. As tarifas impostas por Donald Trump aos produtos brasileiros
entram em vigor nesta quarta-feira (6).
Durante a 5ª Reunião Plenária do
Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão,
com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, os governadores do Consórcio Nordeste defenderam
medidas emergenciais para proteger empresas exportadoras da região.
Presente no evento, a governadora
de Pernambuco, Raquel Lyra, reforça que o foco do diálogo é buscar alternativas
para evitar o desemprego na região e a manutenção das produções.
“Estou junto com todos os
governadores do Nordeste intensificando o diálogo para encontrarmos soluções
que minimizem o impacto das sobretarifas previstas para serem impostas pelo
governo norte-americano ou até que elas sejam evitadas. Nosso trabalho é garantir
a solidariedade ao empresariado e a manutenção dos nossos empregos,
principalmente na produção de frutas e do açúcar, que são bastante fortes no
nosso Estado”, disse Raquel Lyra.
Na semana passada, o governo do
estado solicitou o apoio do governo federal para a disponibilização de linhas
de crédito via Banco do Nordeste do Brasil (BNB) como auxílio aos setores
diretamente afetados. Outro pedido do governo estadual é o incentivo à
diversificação de mercados internacionais e políticas de apoio à exportação e
proteção dos interesses dos setores produtivos em relação ao mercado
norte-americano.
Ainda durante a reunião, o
Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), divulgou um
manifesto em defesa da soberania nacional. No texto, o Conselhão reforça a
disposição do governo brasileiro em negociar uma saída para o tarifaço. No
país, a taxa de 50% para a exportação permanece atingindo os setores de carnes,
café, fruticultura e da cana-de-açúcar.
Durante a reunião, o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, garantiu que o governo federal vai auxiliar os
setores mais afetados e que geram muito empregos, como é o caso da
fruticultura.
Fruticultura
Com o objetivo de mostrar ao
governo federal o impacto do tarifaço na cadeia da fruticultura do Vale do São
Francisco, o superintendente da 3ª Superintendência Regional da Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Edilázio
Wanderley, também participou da reunião com o Ministro do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, nesta terça-feira (4), em
Brasília.
Fonte: Diário de Pernambuco.
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