O presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (15/7) que decidiu taxar o
Brasil em 50%, a maior taxa dentre as anunciadas a 24 países, porque ele
pode fazer isso e quer “dinheiro entrando” no país.
“Estamos fazendo isso porque eu
posso fazer. Ninguém mais seria capaz. Temos tarifas em vigor porque queremos
tarifas e queremos o dinheiro entrando nos EUA”, disse Trump no gramado da Casa
Branca, após ser questionado sobre o motivo da taxação diferenciada ao Brasil.
Mais cedo, ao comentar o
andamento do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Trump
afirmou que Bolsonaro “não é seu amigo”, mas que o conhece e o considera um
líder que atuou com firmeza em prol de seu país.
A declaração foi feita na Casa
Branca, após Trump ser informado sobre o pedido da Procuradoria-Geral da
República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que Bolsonaro seja
condenado pelos seguintes crimes: tentativa de golpe de Estado, tentativa
de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, líder de organização
criminosa, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio
da União.
Pedido de condenação
A manifestação de mais de 500
páginas encaminhada à Corte reforça a denúncia apresentada pela PGR em
fevereiro e recapitula os principais pontos da acusação.
Gonet afirma que “as evidências
são claras: o réu [Jair Bolsonaro] agiu de forma sistemática, ao longo de seu
mandato e após sua derrota nas urnas, para incitar a insurreição e a
desestabilização do Estado Democrático de Direito”.
O procurador-geral da República
ainda diz, sobre Bolsonaro, que “as evidências revelam que o ex-presidente foi
o principal coordenador da disseminação de notícias falsas e ataques às
instituições, utilizando a estrutura do governo para promover a subversão da
ordem”.
Por isso, ele pede a
responsabilização de Bolsonaro pelos crimes.
“Caça às bruxas”, volta a dizer
Trump
Trump voltou a classificar o
julgamento como uma “caça às bruxas”, expressão que já usou em outras ocasiões,
como na carta enviada à Lula, na semana passada, para impor tarifas de 50% aos
produtos brasileiros.
“Ele não é meu amigo, mas é
alguém que conheço. Representa milhões de brasileiros, pessoas maravilhosas.
Ama o Brasil e lutou muito por essas pessoas. Agora querem prendê-lo. Isso me
parece uma caça às bruxas, e acho muito triste”, afirmou o presidente
norte-americano.
Trump também ressaltou que teve
contato direto com Bolsonaro durante seu mandato e que, embora tenham se
enfrentado em negociações comerciais, viu no ex-presidente brasileiro um
governante comprometido com os interesses do seu povo.
Fonte: Jornal Metrópole.
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