Se petróleo seguir caindo, preço da gasolina e do diesel pode diminuir mais, diz Alexandre Silveira


 

Se o preço do barril de petróleo continuar em queda no mercado internacional, o preço da gasolina e do diesel pode cair mais nas próximas semanas, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta segunda-feira na Cúpula de Líderes do Brics, no Rio de Janeiro.

Com a queda do Brent, se manter como está hoje, há uma real possibilidade de, nas próximas semanas, a gente ter mais redução no preço da gasolina e do diesel. Nós estávamos muito apreensivos, naturalmente, com essa guerra entre Israel e Irã _ afirmou ele.

O ministro não comentou a ameaça feita pelo presidente Donald Trump de taxar em mais 10% países alinhados ao Brics, como o republicano declarou também nesta segunda-feira por meio de sua rede social TruthSocial.

Silveira comentou a afirmação feita pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no último sábado, sobre a companhia estar avaliando vender o polo de produção Bahia Terra, na bacia do Recôncavo Baiano. Ela explicou que se trata de um ativo que faz sentido manter quando o petróleo tem cotação de US$ 100 por barril. Portanto, no patamar atual, de aproximadamente US$ 60/barril, não seria rentável.

_ É uma companhia de capital aberto. Portanto, o governo tem naturalmente uma grande inserção ou poder de decisão no conselho da Petrobras, mas ela não intervém naquilo que a sua diretoria executiva propõe.

Ele explicou que deve ser ainda uma posição inicial e que, quando chegar ao conselho da estatal, o governo avaliará se, por parte do controlador, essa é uma decisão acertada ou não.

Silveira destacou que nada está descartado em relação a Petrobras, mas indiretamente criticou a possibilidade de venda do ativo, que já chegou a ser iniciada, mas o processo acabou sendo suspenso.

O ministro disse que a privatização da Refinaria de Mataripe (Rlam) pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro "fez muito mal ao povo da Bahia e ao povo de Sergipe":

_O combustível ali está mais caro que no resto do Brasil, o que quer dizer que segurança de suprimento muitas vezes deve ser feita por uma empresa nacional.

A Refinaria de Mataripe foi comprada pelo Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, em 2021, passando a ser operada como Acelen.

Fonte: Folha de Pernambuco.

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