A Polícia Militar de São Paulo
(PM-SP) instaurou um procedimento para investigar um vídeo com teor
supremacista postado na terça-feira, 15, no perfil do Instagram do 9° Batalhão
de Ações Especiais de Polícia (Baep), de São José do Rio Preto, no interior do
Estado.
As imagens mostram os PMs
queimando uma cruz e fazendo gestos que remetem a rituais nazistas, como os da
Ku Klux Klan, grupo norte-americano que prega a supremacia racial. Antes de ser
apagada, a publicação gerou reações em redes sociais e foi denunciada por
internautas e parlamentares.
Questionada, a Secretaria da
Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) disse que a Polícia Militar é uma
instituição legalista e que repudia toda e qualquer manifestação de
intolerância. "Assim que tomou conhecimento das imagens a corporação
instaurou um procedimento para investigar as circunstâncias relativas ao
caso."
As imagens mostram uma cruz em
chamas e policiais com os braços direitos estendidos em saudação que remete ao
nazismo. Eles fazem uma espécie de coreografia, acompanhada de trilha sonora.
Há ainda duas linhas paralelas feitas com sinalizadores no chão. Em outras
imagens, é possível observar um brasão de fogo com a palavra Baep - Batalhão de
Ações Especiais de Polícia.
O vídeo foi gravado em local
aberto - ainda não se sabe quando e onde. Viaturas e bandeiras compõem o
cenário, que mostra vários policiais militares fardados e com os braços
erguidos na altura do peito. O conteúdo foi apagado pouco tempo depois de ser
publicado.
A cruz em chamas remete ao grupo
Ku Klux Klan, representado pela sigla KKK, movimento que abriga correntes
reacionárias e extremistas. São organizações consideradas de extrema direita.
Eles surgiram por volta de 1865 nos Estados Unidos e ficaram conhecidos por
pregar a supremacia branca e o ódio a negros e judeus.
A PM diz que não compactua com
desvios de conduta e qualquer manifestação que contrarie seus princípios será
rigorosamente apurada.
Veja a nota da SSP na íntegra:
"A Polícia Militar é uma
instituição legalista e repudia toda e qualquer manifestação de intolerância.
Assim que tomou conhecimento das imagens, a Corporação instaurou um
procedimento para investigar as circunstâncias relativas ao caso. A Corporação
não compactua com desvios de conduta e reforça que qualquer manifestação que
contrarie seus valores e princípios será rigorosamente apurada e os envolvidos
responsabilizados."
Fonte: Diário de Pernambuco.
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