Recusa alimentar, pouco apetite e
desinteresse pelo alimento são comportamentos típicos de quem apresenta TEA
(Transtorno do Espectro Autista). Pesquisa publicada na Revista da Associação
Brasileira de Nutrição (Rasbran) aponta que 53,4% de crianças e adolescentes
com o distúrbio têm seletividade alimentar.
A disfunção pode apresentar
consequências pouco evidentes para essa população, mas ainda assim muito
graves, como a deficiência de nutrientes essenciais, anemia e fragilidade
óssea.
Um estudo complementar sobre a
suplementação de nutrientes em crianças com TEA, publicado no Brazilian Journal
of Health Review, mostra níveis baixos de vitaminas e minerais. No entanto, a
mesma pesquisa indica melhora de disfunções secundárias do autismo quando o
auxílio suplementar adequado é adotado.
O resultado das pesquisas vai ao
encontro do que a especialista Camila Milagres, referência no tratamento do
autismo, destaca sobre “prestar atenção aos cuidados essenciais para que essas
pessoas tenham benefícios que estejam presentes no seu dia a dia”.
Médica e pesquisadora, Camila
Milagres possui um extenso histórico de pesquisas na área do autismo e
suplementação, inclusive ministrando cursos para pais e cuidadores de pessoas
no espectro autista. Ela é co-responsável pela elaboração de um novo suplemento
alimentar, lançado pela multinacional Volcanic, voltado para crianças e adultos
com TEA, o NeuroBalance ASD.
O produto conta como principal
ativo a palmitoiletanolamida (PEA), que ajuda a regular a agressividade e a irritabilidade
e é um neuroprotetor que também possui ação analgésica e anti-inflamatória. O
suplemento também inclui na composição trans-resveratrol, vitamina D e coenzima
Q10, ingredientes essenciais para suporte neurológico, além de antocianinas de
sementes de uva, que auxiliam na comunicação e desenvolvimento da fala.
Sobre o TEA
Cerca de 70 milhões de pessoas
possuem Transtorno do Espectro Autista, em todo o mundo, segundo pesquisa
divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2024. No Brasil, o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizou seu primeiro
levantamento sobre o tema no Censo de 2022, que ainda não teve seus dados
divulgados ao público, o que atrasa o desenvolvimento de políticas públicas
voltadas para esta população.
Segundo estudo do Centro de
Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, de 2020, há um
aumento exponencial do autismo - 1 a cada 36 crianças americanas com menos de 8
anos tem autismo, contra 1 em 150 crianças há 20 anos.
Fonte: Folha de Pernambuco.
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