Enquanto as autoridades ainda
tentam encontrar um meio de coibir a nova "febre nas comunidades" do
Grande Recife, sobe o número de pessoas machucadas nas "guerras"
com armas que atiram bolinhas de gel. Entre 30 de novembro e esta
terça (10), apenas a Fundação Altio Ventura, no Recife, registrou 63 casos de
vítimas com lesões nos olhos.
Referência no atendimento
oftalmológico de emergência, a fundação vem alertando para o
problema. Afinal, foram registrados, em média, 6,3 casos por dia. Na
semana passada, na primeira parcial, divulgada pela fundação, eram 17
casos de lesões oculares. Os números de registros na polícia também chamam a
atenção.
Em dez dias, a Polícia Militar
recebeu 109 chamados pelo telefone de emergência 190 com reclamações sobre o
uso da arma de gel em toda Região Metropolitana. Com dados divulgados na
segunda (9), isso equivale a mais de 10 ocorrências por dia. Mesmo com
essa quantidade de registros, as autoridades ainda não podem atuar de forma
mais incisiva.
É que não existem leis
específicas. O projeto de lei que proíbe essa prática ainda nem começou a
tramitar na Assembleia Legislativa (Alepe), embora tenha sido enviado na semana
passada.
Ainda sem legislação que
regularize a “brincadeira”, a Secretaria de Defesa Social (SDS) diz que toda
situação é “muito subjetiva” e que precisam que os “pais retomem suas
autoridades”.
As ‘blasters’ estão disponíveis
para compra no Centro do Recife, em feiras populares e em barracas, com valores
entre R$ 90 e R$ 150.
Nesta terça (10), circularam nas
redes sociais imagens de uma guerra de bolinhas de gel que aconteceu
segunda-feira (9). Imagens recebidas pelo Diario de Pernambuco
mostram um grupo de, mais ou menos, quarenta meninos “batalhando”, alguns deles
usam casacos com capuz escondendo os rostos, outros vestem máscaras típicas da
série ‘La Casa de Papel’ e há também quem não use nada para se proteger.
Fonte: Diário de Pernambuco.
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