A Câmara dos Deputados aprovou
nesta quinta-feira (12), projeto de lei que prevê a castração química a pessoas
condenadas por pedofilia. A regra foi incluída a partir de uma emenda proposta
pelo deputado Ricardo Salles (Novo-SP).
Segundo o texto, o infrator
precisará usar medicamentos inibidores de libido. A proposta, que teve 267 votos
favoráveis, 85 contra e 14 abstenções, agora vai ao Senado Federal. A vitória foi
celebrada por oposicionistas e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O governo, o PSB e o PSOL foram contra, em uma sessão tumultuada entre os
petistas e bolsonaristas.
Bolsonaristas afirmaram que quem
era contrário à proposta estaria “protegendo pedófilos e estupradores”. Talíria
Petrone (PSOL-RJ) diz que a proposta “não vai ter efetividade na proteção das
crianças”. “A violência sexual no Brasil é uma epidemia, um drama”, afirma.
A emenda foi incluída em um
projeto de lei de autoria do deputado Aluisio Mendes (Republicanos-MA) que
determina a criação de um cadastro nacional de pedófilos na internet, que
conterá informações e imagens de pessoas condenadas por crimes ligados à
exploração sexual de crianças e adolescentes.
Caberá ao Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) compilar esses dados.
O Congresso Nacional já aprovou,
no final de outubro, um projeto de lei que cria um cadastro de pedófilos e
condenados por crime sexual. O registro públicoterá o nome e o Cadastro de
Pessoas Físicas (CPF) das pessoas condenadas.
A lei foi vetada parcialmente
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que barrou o trecho que mantém os
dados para consulta pública pelo prazo de 10 anos. Como justificativa, o veto
presidencial diz que “a medida incorre em vício de inconstitucionalidade” ao
disponibilizar informações para período além do cumprimento da pena.
Segundo a mensagem, esse trecho
fere os princípios da proporcionalidade, do devido processo legal, a dignidade
da pessoa humana, a integridade física e moral do condenado e os direitos à intimidade,
vida privada, honra e imagem.
Foram consultados os ministérios
da Justiça, das Mulheres, dos Direitos Humanos, a Advocacia-Geral da União e a
Defensoria Pública da União.
O projeto de lei aprovado nesta
quinta-feira faz parte do pacote de segurança pública, apoiado pelo presidente
da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ele delegou ao presidente da bancada da bala,
Alberto Fraga (PL-DF), a função de selecionar as propostas que seriam votadas nesta
semana.
Fonte: Jornal do Commercio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário