PF apreende carga com quase dois mil cigarros eletrônicos durante ronda no interior de Pernambuco


A Polícia Federal realizou a apreensão, na última sexta (1º), de 518 aparelhos celulares importados da China (Redmi, Poco) desprovidos de nota fiscal e 1.829 cigarros eletrônicos que estavam misturadas juntos com uma carga lícita de tecidos e rodas.

A prisão aconteceu durante ronda e fiscalização de rotina realizada por policiais federais no município de Águas Belas, no Agreste de Pernambuco, quando os federais identificaram um homem descarregando mercadorias de um caminhão em local inapropriado na entrada da cidade. O homem, de 42 anos, foi preso em flagrante e levado para a Delegacia de Polícia Federal em Caruaru.

Ele foi autuado em flagrante pela prática de contrabando e descaminho (iludir o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria).

POLÍCIA FEDERAL

Em seu interrogatório o suspeito informou que é motorista há aproximadamente 25 anos e que estava realizando um transporte de tecido todo regular de São Paulo (SP) para Caruaru e que recebeu uma proposta de um homem do Brás (SP) para transportar 17 caixas, contendo celulares e cigarros eletrônicos (“vaper”) e para isso receberia entre R$ 70,00 a R$ 100,00 por caixa.

Por fim disse que não tinha conhecimento da ilicitude das mercadorias e que fez o transporte para conseguir uma renda extra. De acordo com a PF, o preso já passou por audiência de custódia e foi liberado, devendo responder ao processo em liberdade.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, neste tipo de prática criminosa tais infratores geralmente estão ligados à sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos.

"Há toda uma rede organizada por trás do contrabando quais sejam: fabricantes, depósitos, rede de distribuição e vendedor final. Cada mercadoria que entra no país sem recolher o devido imposto representa um produto a mais no mercado formal que deixou de ser vendido. Assim, deixa-se de arrecadar impostos com recursos que poderiam ser investidos na saúde, educação, segurança e habitação, além de gerar desemprego com a demissão de funcionários e fechamento de lojas em virtude da concorrência desleal pelos preços que são aplicados bem abaixo do mercado (as empresas que contratam seus funcionários pagam todos os encargos trabalhistas como férias, 13º salário, plano de saúde, indenização por tempo de serviço), enquanto que tais infratores não tem compromisso com nada disso", afirma a PF em material encaminhado à imprensa.

A corporação ainda reforça que não deve existir a venda de cigarros eletrônicos para o Brasil porque ela é proibida. "A proibição foi determinada pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) número 46/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).Em julho de 2022, a Anvisa manteve a proibição da importação e a venda dos DEFs, ou vapes, no Brasil, e novamente no último dia 19 de abril de 2024 foi mantida a sua proibição pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária".

Fonte: Jornal do Commercio.

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