O presidente
da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, declarou nesta
quarta-feira (16/10) que os bancos privados querem a redução das taxas e negou
que os juros altos interessem às instituições.
Ele
participou de encontro entre banqueiros e o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, no Palácio do Planalto. Após a reunião, o governo anunciou a criação de
um grupo de trabalho para estudar como reduzir as taxas de juros no país, com
prazo até fevereiro do ano que vem.
“Quero também deixar uma mensagem que dizemos
ao presidente Lula: aos bancos não interessa termos taxas de juros elevadas.
Quanto mais altos forem os juros bancários, maior o risco de crédito, maior a
inadimplência”, declarou Sidney à imprensa após o encontro.
“Existe uma narrativa que recai sobre nós, de
que defendemos juros altos. Isso não procede. O que nós queremos é que a
economia possa ser previsível, estável, com inflação baixa, controlada”,
acrescentou.
Estavam
presentes no encontro os CEOs do Itaú, Milton Maluhy, do Bradesco, Marcelo
Noronha, e do Santander, Mário Leão, assim como o presidente do Conselho de
Administração do BTG, André Esteves. Também representou a Febraban o presidente
do Conselho Diretor da entidade, Luiz Carlos Trabuco.
Além de
Lula, participaram o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro da
Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha.
Bancos
demonstram otimismo
O encontro
tratou de uma série de temas econômicos, incluindo os efeitos das bets —
que preocupam banqueiros — e o equilíbrio fiscal das contas públicas. Para
Sidney, o Brasil está em um momento positivo, mas é preciso “dissipar os
ruídos” e que as despesas caibam dentro do Orçamento.
O presidente
da Febraban afirmou ainda esperar que a taxa Selic — a taxa básica de
juros no país — seja reduzida no futuro. “Ansiamos para que o Banco
Central possa, assim que possível, reiniciar o ciclo de queda da taxa de juros.
O BC tem suas razões técnicas pela qual voltou a subir a taxa Selic”,
enfatizou.
Fonte: Correio Braziliense.
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