A Lei do
Combustível do Futuro, anunciada pelo governo federal recentemente, deve
impulsionar o mercado do CO2 puro, estimado em 400 mil toneladas/ano. A
perspectiva é que ele seja multiplicado por dez.
O CO2 não é
um gás produzido, é um gás recuperado. Nem todos os gases são fáceis de serem
trabalhados e os conhecedores são poucos. A captura e utilização de CO2,
um gás do efeito estufa, é um dos avanços legais presentes no pacote de
projetos da Lei do Combustível do Futuro. O texto prevê incentivo a duas
modalidades para o CO2: captura e estocagem no solo por 20 anos; ou uso do gás
para a produção de biocombustíveis do futuro.
O CO2 puro é
um gás com muitas aplicações, mas a demanda ainda é pequena por aqui. Isso
tende a mudar com o avanço da descarbonização, que abre novos mercados. Um
deles, de e-metanol.
Em Pernambuco uma empresa explora esse segmento, a Carbo Gás, do Grupo JB, que
há 21 anos atua no setor de CO2 puro, com capacidade instalada para produzir
500 t/dia e armazenar 6 mil toneladas do gás. Atualmente a Carbo Gás vende 150
ton/ dia de CO2.
Sua produção
e vendas devem aumentar com a nova planta de e-metanol, a ser erguida em Suape
pela European Energy. “Serão necessárias cinco Carbo Gás para atender a planta
de e-Metanol que será instalada no Complexo de Suape”, ressalta Fernando Mota,
diretor da Área de Negócios CO2, do Grupo JB, assegurando que a empresa tem
ampla disponibilidade para atender o crescimento desse mercado.
Hoje, o CO2
puro da Carbos Gás abastece as empresas de bebidas carbonatadas, indústrias
farmacêuticas e química, vai para o tratamento de efluentes, congelamento de
alimentos, extintores de incêndio entre outros segmentos.
Fonte: Folha
de Pernambuco.
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