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O professor
de jiu-jítsu Emanuel Adelino da Silva, que foi condenado em 2023 por estuprar
uma aluna de 13 anos, recebeu uma autorização da Justiça para disputar o
campeonato estadual do esporte, no Recife, no sábado (27) e domingo (28). A
permissão foi concedida por uma juíza do Tribunal de Justiça de Pernambuco
(TJPE).
Na decisão,
a juíza Orleide Roselia Silva acatou o pedido da defesa e da federação e
destacou que o esporte é uma das atividades que permite a ressocialização de
presos. Além disso, o documento deixa claro que o professor tinha que voltar ao
presídio após cada participação no campeonato.
A competição
em que o professor participou é realizada pela Federação de Jiu-Jítsu do Estado
de Pernambuco (FJJPE) no Ginásio da Secretaria de Educação de Pernambuco, no
bairro da Várzea, na Zona Oeste da capital. Quando Emanuel entrou no local,
houve manifestação da plateia, que vaiou o professor.
Os
integrantes da plateia estavam munidos de cartazes que pediam respeito às
mulheres e crianças e exigiam respeito. A torcida também vaiou o professor
de jiu-jítsu, que perdeu a primeira disputa.
Ao Diário de
Pernambuco, o TJPE informou que não poderia repassar detalhes do caso pois “os
processos e procedimentos que tratam de crimes contra a dignidade sexual, bem
como os que envolvem menores de idade, tramitam em segredo de justiça, com o
objetivo de preservar a intimidade da vítima. O procedimento tem como base o
Artigo 234-B do Código Penal Brasileiro, que determina sigilo nos casos de
apuração de crimes contra a dignidade sexual e que envolvem violência
doméstica”.
A
Federação de Jiu-Jítsu do Estado de Pernambuco emitiu uma nota informando
que Emanuel não faz mais parte da instituição e que não pode participar de
futuros campeonatos.
Emanuel
Adelino da Silva, mais conhecido como Banguelo, foi condenado a 15 anos e 9
meses de prisão no dia 19 de junho de 2023 por ter estuprado uma menina de 13
anos. O crime aconteceu por volta das 19h do dia 8 de julho de 2021 e a vítima
era uma das alunas dele.
As aulas de
artes marciais eram feitas em São Lourenço da Mata, mas no dia do crime,
Emanuel levou a vítima para uma academia na Ilha do Leite, no Recife, com a
justificativa de que iria fazer um treino para ela.
Na volta
para casa, o professor ofereceu carona para a vítima e passou a assediá-la já
dentro do veículo. Emanuel chegou a mostrar vídeos dele com outras meninas em
um motel. Após isso, tirou as roupas da adolescente e a estuprou. Segundo os
autos do processo, ele ameaçou a vítima dizendo que iria matá-la caso ela
contasse o ocorrido para alguém.
Reportagem de Adelmo Lucena para o Diário de Pernambuco.
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