Aumento de 10,16% para aposentados não repõe perdas com inflação.

 

As aposentadorias e pensões pagas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) receberão uma correção de 10,16% em janeiro. Especialistas explicam que esse aumento não será suficiente para dar um alívio na vida dos aposentados, pois ainda não supriu o poder de compra devido à inflação, além daqueles que estão endividados.

O reajuste é a reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é a inflação das famílias mais pobres, que ganham de um a cinco salários mínimos. Esse reajuste é aplicado também para outros benefícios do INSS, como auxílio-doença e pensões. 

Os 36 milhões de beneficiários do INSS começarão a receber a partir de 25 de janeiro próximo. Com isso, o teto das aposentadorias passará de R$ 6.443,57 para R$ 7.087,22.

Dos 36 milhões de beneficiários do INSS, 23,4 milhões recebem um salário mínimo. Conforme a Medida Provisória 1.091/2021, publicada em 31 de dezembro de 2021, o piso salarial passou a ser de R$ 1.212 a partir deste mês.

O economista José Luiz Pagnussat, conselheiro do Corecon/DF, esclareceu que o reajuste das aposentadorias acima de um salário mínimo vai repor o poder de compra, corroído pela inflação de 2021, que superou dois dígitos. O INPC foi de 10,16 %. Porém, ele observa que o reajuste só repõe a média do poder de compra do início de 2020.

“Para algumas famílias, que utilizam mais transportes públicos e têm gastos maiores com habitação e artigos de residência, as perdas determinadas pela inflação não serão totalmente repostas, pois o aumento dos custos do transporte foi de 19,3% e de habitação ficou acima de 13%”, explicou o economista. https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/economia/2022/01/aumento-de-10-16-para-aposentados-nao-repoe-perdas-com-inflacao.html

Nenhum comentário:

Videos reportagem