Sem
correção há três anos, a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF)
passará mais um ano sem reajuste, informou hoje (11) a Receita Federal. Para
este ano, a faixa de isenção continuará em vigor apenas para quem recebe até R$
1.903,98.
De
acordo com cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita
Nacional (Sindifisco Nacional), a defasagem acumulada da tabela do Imposto de
Renda entre 1996 e 2017 chega a 88,4%, se a correção pela inflação oficial pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tivesse sido aplicada
todos os anos.
De
acordo com o Sindifisco Nacional, se toda a defasagem tivesse sido reposta, a
faixa de isenção para o Imposto de Renda seria aplicada para quem ganha até R$
3.556,56. O desconto por
dependente subiria de R$ 2.275,08 para R$ 4.286,28 por ano. O valor deduzido
com gastos de educação chegaria a R$ 6.709,90, contra R$ 3.561,50 atualmente.
Em
nota, o Sindifisco Nacional informou que a defasagem de quase 90% da tabela do
Imposto de Renda achata a renda do trabalhador. “Se a faixa de isenção atual
chega aos contribuintes que ganham até R$ 1.903,98, corrigida, livraria todo
assalariado que ganha até R$ 3.556,56 de reter imposto na fonte. Representa
dizer que essa diferença de R$ 1.652,58 pune as camadas de mais baixa renda.
Importante lembrar que a tabela do IRPF não é reajustada desde 2016 [ano-base
2015]”, destacou a entidade.
Para
a entidade, o achatamento só não foi maior porque o IPCA de 2017 ficou em
2,95%, um dos valores mais baixos em 20 anos. A
Receita informou que não comentará os cálculos do Sindifisco Nacional.
Fonte:
Agência Brasil
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