Neste sábado (01) de agosto, o Governo do Estado de Pernambuco por meio da assessoria de imprensa, prestou uma homenagem nos perfis das redes sociais institucionais do Governo ao Maracatu Feminino Coração Nazareno, da Associação das Mulheres de Nazaré da Mata (Amunam).
Na homenagem, a coordenadora executiva da Amunam, e idealizadora do Maracatu, Eliane Rodrigues, falou dos desafios de manter a brincadeira popular. O texto, também homenageou a mestra-cabocla, Cleide Bahé, de 41 anos.
“Lantejoulas, lã, chapéu de palha, veludo, arame, chitão, missanga”. A pernambucana Cleide Bahe, 41 anos, sabe de cór cada detalhe que compõe a indumentária de um caboclo de lança. Mas ela não entende só da roupa. A desenvoltura do Maracatu Coração Nazareno, primeiro do país composto só por mulheres (desde 2004), também está sob o seu comando. Há oito anos, ela concilia o trabalho como auxiliar de serviços gerais na Associação de Mulheres de Nazaré da Mata (Amunam) e o cargo de mestre de cabocla no grupo, que até hoje quebra paradigmas: “As mulheres sempre participaram do maracatu, mas nunca como protagonistas. O nosso grupo surgiu para quebrar isso e empoderar a figura feminina”, pontua Eliane Rodrigues, que é presidente da Amunam, a qual o Coração Nazareno está vinculado.
No início, eram apenas 35 integrantes. Hoje, são 75 mulheres com idades entre 5 e 75 anos. “Eu fiz uma aposta com uma amiga que ia tocar no grupo e entrei”, relembra Cleide. Além de comandar as caboclas e direcionar o grupo, Cleide dança com uma indumentária de aproximadamente 25 quilos. “É peso, mas o amor é maior”. Para ela, conhecer e fazer parte de um maracatu possibilitou um contato mais profundo com a cultura nordestina e ampliou seus horizontes. “Eu sou outra pessoa. Tenho mais conhecimento e aprendi que sou capaz de qualquer coisa”. É com esse exemplo de força e protagonismo que saldamos o Dia Estadual do Maracatu, comemorado neste sábado.
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